Fortaleza registrou um dos meses de fevereiro mais chuvosos das últimas cinco décadas, com acumulados muito acima da média histórica para o período. As precipitações intensas, distribuídas ao longo do mês, provocaram alagamentos em diversos bairros e impactaram o cotidiano da população, evidenciando desafios estruturais da cidade diante de volumes tão expressivos de chuva.
As chuvas constantes foram influenciadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), com características meteorológicas responsáveis pela maior parte das precipitações no Ceará nesta época do ano. A alta umidade favoreceu também a redução das temperaturas, com registros abaixo do esperado para o período, especialmente durante as madrugadas.
Além dos transtornos urbanos, o volume expressivo de chuvas reforça expectativas positivas para a recarga dos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de Fortaleza. A tendência para os próximos meses ainda depende da configuração dos sistemas atmosféricos, mas o acumulado até agora aponta para um período chuvoso significativo.
Diante do cenário, os órgãos municipais e estaduais monitoram as condições climáticas e os possíveis impactos das precipitações, principalmente em áreas de risco. A previsão é de que março e abril, historicamente os meses mais chuvosos na capital, mantenham volumes elevados, exigindo atenção redobrada das autoridades e da população.