O Ceará atingiu, em 2024, o maior número de casos de violência contra a mulher dos últimos cinco anos. Segundo dados do boletim “Elas Vivem: um caminho de luta”, elaborado pela Rede de Observatórios da Segurança, o estado registrou 207 ocorrências, representando um aumento de 21,05% em relação ao ano anterior.
Dentre os casos contabilizados, destacam-se 46 homicídios e 45 feminicídios. A maior parte das vítimas tinha entre 18 e 39 anos, e, em pelo menos 56 situações, os agressores eram companheiros ou ex-companheiros das mulheres violentadas. O levantamento evidencia a persistência da violência de gênero no estado e a necessidade de medidas mais eficazes para sua contenção.
O Ceará ocupa a nona posição no ranking nacional entre os estados monitorados pelo estudo. São Paulo lidera a lista, com 1.177 casos, seguido por Rio de Janeiro e Amazonas, que registraram 633 e 604 ocorrências, respectivamente. Os números refletem um cenário preocupante e reforçam a urgência de políticas públicas voltadas para a proteção das mulheres.
Com o crescimento expressivo dos casos, especialistas apontam a necessidade de fortalecimento da rede de apoio às vítimas e de maior rigor na punição dos agressores. O combate à impunidade e a ampliação de campanhas de conscientização são medidas essenciais para reverter essa tendência e garantir mais segurança para as mulheres cearenses.
